sexta-feira, 1 de abril de 2011

ESTADO ACOLHE ESTUDANTE DISCRIMINADO NO SUL DO PAÍS

Helder Santos, incluído em programa de proteção a testemunhas, é recebido com carinho em 
                                                                     Salvador

       
Um homem no trânsito vê uma barbeiragem e comenta: “Só pode ser mulher”.
Uma mulher entra no elevador, vê um homem negro e ordena: “7º andar!”.
Na rua, um grupo vê um homossexual e grita: “Esse pitbull é lassie”.
Em São Paulo, um rapaz joga  lixo no chão e ouve: “Baianada!”
Situações como estas são comuns em qualquer cidade brasileira. E, em muitas delas, são vistas, infelizmente, com naturalidade. Mas não precisa ser pobre, gay, negro, mulher ou nordestino para sofrer preconceito: basta ser diferente dos padrões para estar vulnerável a todos os tipos de insulto.
“Mulher de cabeça raspada é lésbica, homem de camisa rosa é gay. Um negro em ambiente elegante é o empregado. Um punk será sempre um drogado. Um gago é motivo de piada. O rastafári, maconheiro. O brasileiro ainda vive estereotipando os outros, seja inculto, mestre ou doutor, numa clara demonstração de ignorância”, diz o sociólogo George de Oliveira.
Um caso recente de preconceito contra um baiano envolveu agentes do Estado na semana passada. O estudante Helder Santos, 25, chegou a Salvador na noite de quinta-feira, 31, após ter sido ameaçado de morte por PMs denunciados por ele por crime de racismo em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, onde Helder cursa história na faculdade Unipampa.
Depois da denúncia, viaturas policiais começaram a passar pela porta do estudante em velocidade baixa em Jaguarão. Pouco depois, ele recebeu duas cartas anônimas com ameaças de morte. Nas cartas, Helder era chamado de “baiano fedido, negro sujo”. Resolveu retornar.  


Um comentário:

  1. è um total disrespeito com os outros que são DIFERENTES...è preciso PUNIÇÂO para esses casos!!

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